Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. Isso consta
O presidente Barack Obama, cercado de representantes do mundo feminino, sancionou, há poucos dias, uma lei, tornando obrigatória a isonomia salarial de homens e mulheres. Portanto, não é só nos cantões do mundo que ainda prossegue a longa luta delas em busca da igualdade de direitos.
Nas primeiras páginas da Bíblia (Livro do Gêneses, cap. 2º), narra-se, em linguagem simbólica, que a mulher foi tirada da costela do homem. Se foi tirada da costela, está ao lado, é companheira; outra seria a mensagem, se lá estivesse escrito que a mulher foi tirada da sola do pé do homem.
Mas, no decorrer da história, a cultura judaico-cristã, bem como outras culturas orientais, excluíram e discriminaram a mulher, considerando-a subordinada ao homem. Mesmo no Novo Testamento, relata-se, por exemplo, que, na multiplicação dos pães, realizada por Jesus, havia cinco mil pessoas, sem contar mulheres e crianças (Mt 14,21). Na carta que escreveu aos cristãos da cidade de Éfeso (Ef. capítulos 5º e 6º), o apóstolo Paulo determina que as mulheres sejam subordinadas aos seus maridos; da mesma forma, determina, logo a seguir, que os escravos sejam subordinados e obedientes aos seus senhores. A Bíblia não é um livro celeste. Escrita por mãos humanas, consta de livros (Bíblia, em grego, significa “livros”, no plural) feitos em determinadas épocas, por determinadas pessoas, de determinados lugares, refletindo a cultura do tempo em que foram redigidos. Livro admirável, visto como de origem divina, por todos justamente reverenciado, a Bíblia contém sábios conceitos e orientações morais, religiosas, muitas delas mutáveis, como mutáveis são as criações culturais. Bíblia não é livro científico nem de cosmologia. Ao normatizar o relacionamento entre homem e mulher, retrata a cultura dominante na época.
Isso contribuiu para que, no decorrer da história, homem e mulher se apresentassem, respectivamente, como principal e acessório. Com muita luta, às vezes sangrenta, a mulher vem conquistando o seu lugar: ao lado do homem. O ser humano é um só, com dois lados: o feminino e o masculino, dois lados da mesma moeda. Os dois se completam, como duas metades que se juntam.
Com perspicácia e olhos de águia, os pensadores gregos, bem antes de Cristo, tiveram uma visão igualitária do homem e da mulher. Na sua mitologia, imaginaram 12 deuses (a alta corte, o alto clero da divindade) residindo no monte Olimpo, norte da Grécia. Eram, sim, doze deuses, mas assim distribuídos: seis deusas e seis deuses; seis casais, cada deus com sua deusa: Zeus e Hera; Poseidon e Deméter; Apolo e Ártemis; Hermes e Atena; Ares e Afrodite; Hefesto e Héstia. Cada deus grego tem o seu correspondente na mitologia romana.
Na visão mitológica daqueles pensadores, nem se pensa em exclusão da mulher; isso veio depois. Na cultura judaico-cristã, masculinizamos a divindade. Como conseqüência lógica, o homem preponderou sempre e em toda parte. Mas a luta continua: a ascensão da mulher está aí, em ritmo acelerado e sob aplausos. Há um retorno à fonte: homens e mulheres são iguais.
Ola professor,
ResponderExcluirsou guilherme bandeira seu ex-aluno do 1° período,membro do Interact(Rotary).Queria parabeniza-lo pelo escrito :D
gostei mesmo
abraços e ate +
Professor,
ResponderExcluirTambém gostei da escrita e concordo que os espaços entre homens e mulheres devem ter igualdade.
Abraços
Guilherme