OSCAR 2009
Entre os filmes agora premiados pela academia de cinema, destaca-se Milk - a Voz da Igualdade, que acaba de conquistar o Oscar de o melhor ator e de roteiro original, nele estrelando Sean Penn. O filme conta a real história de Harvey Bernard Milk (1930-1978), o primeiro político assumidamente homossexual na história dos Estados Unidos. Em 1977, depois de anteriores tentativas, foi eleito para ocupar um cargo público HOMOSSEXUAL Por que discriminá-lo? Por que excluí-lo, como se homossexualidade fosse uma deformidade, uma perversão sexual, um crime, um pecado? Os homossexuais são ainda a classe social mais discriminada. Foram perseguidos pelo nazismo; descartados pelo fundamentalismo e puritanismo religioso; continuam socialmente rejeitados. Discriminação bruta, cruel, mesmo quando disfarçada. Paradoxalmente, as religiões são a mais intensa fonte de discriminação dos homossexuais. Das religiões o preconceito migrou para toda a sociedade. Essa visão torta é mais um lixo a ser banido de nossas criações culturais.
QUE DISSERAM OS GREGOS? Pelo artifício literário de sua mitologia, os gregos legaram-nos o ensinamento de que a homossexualidade é algo ligado à natureza, não à moral. Cada ser humano tem em si dois lados, dois aspectos: masculino + feminino; ou masculino + masculino; ou feminino + feminino. Tendo os humanos desobedecido aos deuses, Zeus, a divindade máxima, se irou, pegou uma espada e dividiu cada um ao meio, separando as duas metades. Resultado: ficou masculino sentindo carência de feminino e vice-versa; masculino sentindo carência de masculino; feminino sentindo carência de feminino. Isso é da natureza; pode casualmente acontecer. Tão natural que até Zeus, o deus máximo da mitologia grega, Júpiter para os romanos, tinha o seu parceiro homossexual, Ganimedes, ao qual amou e levou para viver com ele no monte Olimpo, trono da alta corte dos deuses. As mulheres homossexuais daquela época existiam numerosas em Lesbos, uma das ilhas gregas, donde lhes veio a denominação de lésbicas. FATO DA NATUREZA Consequentemente, nenhum fundamento existe para discriminação, a não ser os deletérios e falsos fundamentos culturais. Tudo fluía naturalmente, ao ritmo da mãe natureza, antes de aparecerem as mentes poluídas, envenenadas, que listaram a homossexualidade no rol dos crimes, dos pecados. Por analogia, cabe aqui o alerta dado por Jesus: No princípio, não foi assim; isso aconteceu pela dureza de vossos corações (Mt. 19, 9). Na dureza do coração humano é que nascem culturas cruéis, intolerantes. Nenhuma lei erradicará a discriminação, nem esta contra os homossexuais nem quaisquer outras; a discriminação só desaparecerá quando cada pessoa a extirpar da sua mente, do seu coração.
Harvey Milk 30th from TwinkleToes on Vimeo.
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